Lipedema: o que é?

O lipedema é uma condição que causa acúmulo anormal de gordura, principalmente nas pernas e nos quadris, e afeta mais mulheres. Diferente da gordura comum, essa gordura é dolorosa e difícil de perder com dietas ou exercícios. Se você já percebeu que suas pernas estão desproporcionais ou doloridas, pode ser lipedema. Quer entender mais sobre essa condição e como tratá-la? Fique por aqui!

O lipedema é uma doença vascular crônica, com relação com hormônios, e portanto acomete mulheres com muito mais frequência.

Tem como características o acúmulo de gordura e inchaço nas pernas (podendo acometer braços também), mas poupa os pés e as mãos, dando um aspecto clínico bastante típico.

 (doi: 10.3238/arztebl.2020.0396)

Tem caráter hereditário.

A alimentação tem muita relação com a evolução, e uma parte importante do tratamento inclui uma dieta anti-inflamatória (eliminando alimentos inflamatórios, como caseína – a proteína dos produtos do leite e derivados; glúten; carne vermelha; industrializados).

Existe também uma associação com varizes, que devem ser investigadas.

Não existe tratamento curativo para o lipedema, portanto as opções de terapia são uma combinação de cirúrgicas e não cirúrgicas. Deve-se associar atividade física (tanto aeróbica quanto de força – esta deve ser intensa e realizada pelo menos 3 vezes na semana).

A associação da drenagem linfática semanal também pode trazer benefícios de alívio de sintomas.

Como a doença envolve acúmulo de gordura nos membros, o tratamento para alívio parcial é a lipoaspiração (na imensa maioria das vezes realizada com a técnica tumescente, que se refere ao tipo de solução que é injetada na região antes de fazer a aspiração). A lipoaspiração é feita em ambiente hospitalar, e a recuperação varia um pouco com a dimensão do tratamento (área total tratada, quantidade de gordura removida).

É uma cirurgia superficial (na pele/subcutâneo), e não apresenta grandes restrições no pós operatório. Deve ser respeitado um período de repouso (variável de paciente para paciente e de procedimento para procedimento), mas em geral em torno de 1 mês. Depois pode retornar às atividades físicas. 

Recomendo realização de medidas antropométricas antes e depois do procedimento para seguimento. 

A associação de todos os módulos é essencial para melhoria dos sintomas, e o paciente deve estar ciente de que não haverá resolução completa do quadro, mas sim períodos de melhora e piora.

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