Contratura capsular: o que é?

A contratura capsular ocorre quando o corpo forma um excesso de tecido cicatricial ao redor do implante, resultando em endurecimento e, em alguns casos, deformidade. Isso pode causar desconforto e afetar o resultado estético da cirurgia. Saiba mais sobre as causas, sintomas e opções de tratamento para garantir o melhor resultado possível após a sua cirurgia.

Toda vez que colocamos qualquer corpo estranho no corpo, seja um catéter, um implante dentário, uma prótese ortopédica, ou um implante mamário, o corpo produz uma cicatriz ao redor, conhecida como cápsula.

A contratura capsular é uma complicação que ocorre em pacientes que se submetem à cirurgia de aumento mamário com implantes. Ela ocorre quando o tecido cicatricial, conhecido como cápsula, se torna anormalmente espesso e contrai-se, comprimindo o implante.

Isso pode causar alterações na forma e na textura da mama, além de gerar desconforto ou dor para a paciente. Geralmente causa um deslocamento do implante para posição medial e cranial (para cima e para o meio).

Embora a contratura capsular seja uma resposta natural do corpo ao implante, em alguns casos, ela pode se tornar um problema clínico significativo, prejudicando a estética e a função do implante.

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Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento da contratura capsular. Entre os principais estão infecções durante ou após a cirurgia, sangramentos, ou qualquer outro fator que cause irritação ao redor do implante. O tipo de implante utilizado também pode influenciar o risco de contratura, sendo que implantes texturizados podem apresentar um risco reduzido em comparação aos implantes lisos. A técnica cirúrgica, a escolha do plano de colocação do implante (submuscular ou subglandular) e a presença de infecções ou inflamações também são determinantes no risco de contratura capsular. A predisposição genética, por sua vez, pode influenciar a tendência de uma paciente a desenvolver essa complicação.

A contratura capsular pode ser classificada de acordo com sua severidade. A classificação de Baker é amplamente utilizada para avaliar o grau de contratura. No Grau I, a cápsula é macia e o implante mantém a forma natural da mama, sem alterações estéticas ou sensoriais. No Grau II, há um endurecimento leve da mama, mas ainda não há distorções evidentes. No Grau III, a mama apresenta endurecimento e distorções visíveis, e a paciente pode sentir desconforto. Já no Grau IV, ocorre um endurecimento severo, com dor significativa e alterações estéticas pronunciadas, podendo comprometer a aparência e a funcionalidade do implante, exigindo intervenção médica.

O tratamento da contratura capsular pode variar dependendo do grau de severidade e do impacto na qualidade de vida da paciente. Para casos mais leves (Grau I e II), pode-se optar por uma abordagem conservadora, que inclui uso de medicamentos como anti-inflamatórios e montelucaste, que também reduz a inflamação ao redor do implante. No entanto, quando a contratura é mais severa (Grau III ou IV), pode ser necessário realizar uma capsulectomia, procedimento no qual a cápsula fibrosa é removida para permitir a colocação de um novo implante ou a correção da deformidade.

Embora não seja possível garantir que a contratura capsular nunca ocorrerá, algumas medidas podem ser tomadas para reduzir o risco de sua formação. A escolha cuidadosa do tipo de implante, a técnica cirúrgica adequada (com rigorosos controles de infecção) e a observação de cuidados pós-operatórios são fundamentais. O acompanhamento regular com o cirurgião plástico após a cirurgia é importante para identificar sinais precoces de contratura e intervir de maneira oportuna, prevenindo complicações mais graves. Deve ser realizado também seguimento anual do implante com exames de imagem, sendo a ressonância magnética indicada a partir de 6 anos de implante e realizada a cada 2 anos para avaliar a integridade da prótese.

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